Bem que me avisaram que por três meses seria fácil ficar aqui! Tudo era novo, lindo e divertido. No entanto, já estou cá no meu quarto mês e algumas coisas começam a pesar!
Sim, claro que o curso pesa e muito (mas eu nunca achei que um doutoramento fosse fácil), mas o que pesa mesmo é a rotina.
Tudo bem...eu sei que em qualquer situação da nossa vida sempre vai haver rotina ( e eu até preciso dela), mas a rotina aqui tem me parecido vazia demais.
Viajar? Custa dinheiro..
Sair para beber? Acho que saí dessa fase...
Estudar? Eu não aguento estudar o tempo todo...
O ruim dessa sensação é que a gente acaba cobrando demais das poucas pessoas que estão presentes aqui em nossa vida. A carência às vezes nos torna chatos..e aí é preciso parar e se afastar um pouquinho!
No começo, as escadas e ladeiras me cansavam...agora são outras coisas, bem menos visuais e físicas, que me cansam. Não, eu não fico triste por aqui, mas há dias em que o dia demora demais para passar...
Ando me encontrando comigo mesma...algumas vezes eu adoro o que encontro; outras eu custo admitir, mas é bom a gente ter esse tempo pra parar e se "auto-olhar".
Sem sentido tudo isso? Pra mim faz todo sentido do mundo...
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Revisão
É incrível como às vezes perdemos a linha em tão pouco tempo. Levamos muito tempo para traçar objetivos e planos e em pouquíssimo tempo conseguimos desviar totalmente o caminho.
É claro que fazer planos nem sempre dá certo, mas viver sem objetivos concretos, promissores e realizáveis também não dá. Estou aqui (re) fazendo planos, (re)organizando meus dias, (re) avaliando meus valores, (re)lembrando quem eu sou. Momento de (re)visar tudo..de adotar postura de maior capacidade progressiva. Eu andava me esquecendo quem eu sou, mas uma foto e alguns minutos de saudade me fizeram lembrar de tudo novamente. E o melhor é que nisso lembrei que sou melhor do que o que tenho sido...e é tão bom poder parar, pensar e novamente fazer planos.
É claro que fazer planos nem sempre dá certo, mas viver sem objetivos concretos, promissores e realizáveis também não dá. Estou aqui (re) fazendo planos, (re)organizando meus dias, (re) avaliando meus valores, (re)lembrando quem eu sou. Momento de (re)visar tudo..de adotar postura de maior capacidade progressiva. Eu andava me esquecendo quem eu sou, mas uma foto e alguns minutos de saudade me fizeram lembrar de tudo novamente. E o melhor é que nisso lembrei que sou melhor do que o que tenho sido...e é tão bom poder parar, pensar e novamente fazer planos.
sábado, 27 de novembro de 2010
Primeira vez
Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece! Minha primeira viagem aqui acho que foi mesmo inesquecível!Um frio de matar, uma paisagem linda de doer e uma moeda cara de acabar com qualquer bolso que se encha em reais. Pagar 12 euros em um Big Mac deixava tudo meio complicado, mas sentir os floquinhos de neve bater no rosto e ver a educação dos noruegueses até valeu o grande gasto.
Chorei de saudades lá no meio da neve (o que aumentou ainda mais o meu frio), imaginei pessoas que amo conhecendo tudo isso que há de lindo no mundo ao meu lado: lágrimas de saudade rolaram e um sorriso de consquista tb rasgava em meu rosto de vez em quando...
Estou agora com vontade de conhecer tudo..o mundo todo ...e principalmente, ando mesmo é com uma vontade grande de me autoconhecer...
Bom, acho que na verdade estou sem muito pra escrever, pra variar!Mas eu queria, queria tanto, que todos estivessem aqui comigo como estão todos aqui em mim...
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
A cada dia mais
Bom, depois de dias e dias de abandono, voltei aqui, mais uma vez sem palavras, mas tentando traduzir, mais uma vez também, o que se passa dentro de mim. Os dias têm sido curtos e ociosos,as noites têm sido longas e também ociosas, porém produtoras de sonhos e saudades. Às vezes sinto saudade de ver um olhar conhecido, de abraçar minha família, de apertar meu cachorro, de deitar na minha cama, de dar uma voltinha pelas ruazinhas da minha cidade. Mas aí me vem uma sensação de liberdade, de descoberta, de paixão que faz tudo isso desaparecer e dar lugar a uma sensação muito boa.
A “saudade é o amor que fica” e essa saudade fica comigo em cada segundinho guardando comigo meus amores brasileiros em cada olhar que dirijo a novos e a já mais conhecidos horizontes...
Tenho amado Coimbra e as pessoas que fazem a minha Coimbra. Tenho conhecido pessoas que parece que estavam na minha linha da vida, porque tudo flui tão bem.
Continuo errando bastante, caindo bastante, perdendo-me em meio aos meus sonhos e construindo sonhos que nem eu mesma entendo.
Saio pelas ruas frias da cidade e acho o amarelo da noite um mudo convite pra libertação dos meus sonhos mais sublimes: tenho amado tanto tudo isso, a cada dia mais...
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Os bares por onde andei
"Pelas ruas que andei, procurei!
Procurei, procurei, te encontrar" (Alceu Valença)
Coimbra tem luzes lindas pela noite e tem um "q" de boemia que é uam delícia de ver e de sentir...tudo tão calmo, tudo tão ébrio, tudo tão bom...
Eu queria que meus olhos pudessem fotografar com meus sentimentos o tanto que é bonito olhar pra tudo isso com "os olhos da noite"...
domingo, 3 de outubro de 2010
Meu primeiro fim de semana de verdade em Coimbra. Uma mistura de sentimentos e sensações me vêm à tona! Depois de bares novos, cheiros novos, sorrisos novos, palavras novas e gostos novos, o que me fica é uma velha saudade.
Conhecer o novo é bacana, entuasiasmante e tem lá o seu "q" de desafiador, mas também é tão difícil. Hoje acordei com vontade de que alguém daqui por perto pudesse olhar pra mim e saber o que estou sentindo. Eu sei que é cedo, e que com o tempo posso criar laços aqui que me deixem saudades, mas hoje, só hoje, eu queria um colo, queria alguém que conhecesse esse meu defeito doido de sentir-me perdida e pudesse me dizer que tudo está normal e que tudo vai dar certo.
Um nó parace nesse momento engasgar-me, mas não é um nó de tristeza... é um nó de incerteza: incerteza de que tudo vai dar certo e que as noites me parecerão mais alegres e ternas. Ao mesmo tempo, sinto-me piegas e burra por pensar nisso com tanto a conhecer, mas é meu velho vício de pensar demais.
Quando olho nos olhos, tento ver se estão me vendo, se eu estou sendo entendida e se estão ouvindo o meu grito de "socorro".
Mas eu sei que amanhã o sol vai nascer dentro e fora, e que eu vou ver as cores das flores, dos olhos e dos sorrisos novamente, e é só isso que me mantem viva...e é só isso, e só!
Conhecer o novo é bacana, entuasiasmante e tem lá o seu "q" de desafiador, mas também é tão difícil. Hoje acordei com vontade de que alguém daqui por perto pudesse olhar pra mim e saber o que estou sentindo. Eu sei que é cedo, e que com o tempo posso criar laços aqui que me deixem saudades, mas hoje, só hoje, eu queria um colo, queria alguém que conhecesse esse meu defeito doido de sentir-me perdida e pudesse me dizer que tudo está normal e que tudo vai dar certo.
Um nó parace nesse momento engasgar-me, mas não é um nó de tristeza... é um nó de incerteza: incerteza de que tudo vai dar certo e que as noites me parecerão mais alegres e ternas. Ao mesmo tempo, sinto-me piegas e burra por pensar nisso com tanto a conhecer, mas é meu velho vício de pensar demais.
Quando olho nos olhos, tento ver se estão me vendo, se eu estou sendo entendida e se estão ouvindo o meu grito de "socorro".
Mas eu sei que amanhã o sol vai nascer dentro e fora, e que eu vou ver as cores das flores, dos olhos e dos sorrisos novamente, e é só isso que me mantem viva...e é só isso, e só!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
É, gente, subir na vida aqui em Coimbra é mais difícil ainda. Essa escadaria tem 125 degraus de pura dor nas pernas. Incrível como observamos que tudo é costume: as pessoas sobem sem fazer a menor força e eu chego ao topo a-ca-ba-da, mas também não subo só as Monumentais. Há um longo caminho de escalada até chegar ao pé da escada (aqui esquipamento de rapel seria bem legal).
No entato, toda vez que estou indo pra FLUC (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra - foto em breve), acredito que vou subir mais do que escadarias. Acredito que meu esforço aqui não será em vão e que vou aprender muita coisa aqui, pra levar para seeempre!
Ontem comecei de fato a estudar (e estudar direitinho). Estou gostando de novamente ter contato com livros e conhecimentos (eu havia abandonado já esse hábito por causa das pilhas intermináveis de redações para corrigir que tinha há poucos dias). Lembrei de como gosto de estudar!Vírginia Woolf foi um bom texto de boas-vindas. Empolguei como nunca e pesquisei muita coisa além do exigido sobre ela. Era insana, mas pensava que era uma belezura!
Subir na vida aqui em Coimbra exige esforço...muuuito esforço: de saber inglês a ter condicionamento físico!
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