quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vidas doces

Isso aqui não é um muro/mural de lamentações e, olhando o que já escrevi, vi mesmo nele que eu havia desviado o seu sentido, se é que alguma coisa nesse mundo tem algum sentido específico...
Um amigo meu, que gosto muito e conheço pouco, mas mesmo assim gosto muito (e nem por isso) me disse um "clichê" que me despertou pra uma coisa: "Vamos deixar a tristeza de lado e ser feliz hoje, pq o mundo está precisando de gente mais leve"...e, como diria Caio F. A. "que seja doce" e, se não for doce, que a gente consiga tornar o menos amargo possível, mas que jamais a gente se acostume a gostar do amargo e correr o risto de esquecer que o doce existe...
E é isso: é pouco e é tanto, pq é simples, mas é humano..."demasiadamente humano".

PS: Fiz esse palhaço-chocalho de pote de Danoninho no fim de 2009, pra dar brinquedos reciclados e confeccionados com a criatividade pra uma creche municipal. Nessas duas embalagens de danoninho que iriam para o lixo, os sentidos visuais e sonoros de uma criança podem ser desenvolvidos com muito sorriso. Um chocalho que desperta que há a possibilidade de tudo ser mais doce, se estivermos dispostos a isso!:)

sábado, 21 de maio de 2011

Caio Fernando Abreu: o cara que sabia demais!

“Porque o real do ciclo seco são ações, não pensamentos nem imaginações. Tanto que, visto de fora, não é visível nem identificável. Não se confunde com “depressão”, quando você deixa de fazer o que devia, ou com “euforia”, quando você faz em excesso o que não devia. Em ciclo seco faz-se exatamente o que se deve ou não, desde escovar os dentes de manhã ou beber um uísque à tardinha, mas sem prazer. Nem desprazer: em ciclo seco apenas se age, sem adjetivos. A propósito, ciclo seco não admite adjetivos — seco é apenas a maneira inexata de chamá-lo para que, dando-lhe um nome, didaticamente se possa falar nele. Ciclo seco, por exemplo, não se interessa por nada. Pior que não ter o que dizer, ciclo seco não tem o que ouvir, compreende? Ciclo seco é incapaz de se distrair, de se evadir. Fica voltado para dentro o tempo todo, atento a quê é um mistério, pois que pode um ciclo seco observar de si mesmo além da própria secura, se não há sequer temporais, ventanias, chuvaradas? Nesse sentido, ciclo seco é forte, porque nada vindo de fora o abala, e imutável, porque de dentro nada vem que o modifique.”

Caio F.

P.S.: “É preciso acreditar que passa, embora quando dentro dele seja difícil e quase impossível acreditar não só nisso, mas em qualquer outra coisa.”

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Amar certo

Já que fiquei tanto tempo sem escrever, sinto-me no direito de escrever hj mais de um post.
Já ouviram falar em amar errado? Pois é...eu estava me perguntando agora se isso existe.

Será que amar certo é ser permissiva ou será que é cobrar de mais? Será que é ter ciúme ou será não se importar? Será que amar certo é invadir a vida do outro ou viver individualmente?
Me pergunto isso porque, ao que me parece, e pelo que tenho ouvido, amar certo é amar pela metade...E eu não sei amar pela matade, porque aí, pra mim, só dá pra ser metade feliz...e felicidade a gente precisa por inteiro, assim como de saúde.
Eu sou uma pessoa que ama demais! Sim! Confesso essa minha fraqueza (pq hj em dia amar demais é uma fraqueza). As pessoas que amo, eu amo por inteiro...amo até os seus defeitos. As coisas que amo (e eu sei que é feio amar "coisas") eu cuido com todo zelo e todo carinho, assim como cuido das pessoas que amo. Estranho isso, mas eu acho que eu queria ser amada como eu amo...tô precisando me sentir um bibelot, por mais estúpido e mimado que isso possa parecer.
Eu amo meu amigos e sinto saudade e ciúmes de cada um deles...Amo minha família e tb sinto um vazio dilacerante por estar longe. Eu amo meu cachorro (coisa?) e dói não sentir o fedozinho dele. Eu amo o meu amor e amo amo amo...Amo ver minhas coisas todas nos seus lugares, arrumadinhas, assim como amo ter tudo organizado dentro de mim...e, pra mim, é tão assim assim estar vendo tudo tão de perna pro ar que me dá vontade de simplesmente parar de amar...Mas isso eu tb não sei....
Não sei se sei amar certo e nem sei mais se é certo amar...mas, indubitavelmente, eu não sei como parar...rs

Abandono

Sim...eu sei que abandonei tudo isso aqui! Deixei quem busca pelo que escrevo ou quem esperava que eu escrevesse pra poder buscar por algo a esperar...até cansar, mas vá lá: quem sabe dia desses vcs não voltem a passar por aqui:)
Estou já no oitavo mês de Coimbra e, ne verdade, ainda naõ sei o que penso realmente sobre estar aqui. Tem horas que acho super incrível, tem horas que me questiono por que "cargas d'água" eu vim pra cá...rsrsrs...
A cidade está mais bonita agora que o frio passou..
O curso está mais interessante agora que tudo mudou
Mas eu? eu não sei muito bem sobre isso

Uma pessoa muito querida por mim me diz que eu tenho que pensar menos: Alberto Caeiro também dizia isso! mas pra isso, meus olhos têm de se tornar o grande filtro...e eu preciso conseguir a ver as coisas de fato..como elas de fato são...
Eu tenho medo agora de voltar ao Brasil. Medo de tudo ter mudado, de eu ter mudado (sinto que mudei...sóespero não ter perdido a capacidade de gargalhar)...
Todos nós fazemos planos de ano novo, todos os anos...Esse ano eu não fiz, mas agora me proponho a fazer um plano de semestre novo...a partir de Outubro,  muita coisa vai mudar...de dentro pra fora e de fora pra dentro...
 E, em quanto isso, eu vou levando...e buscando que "tudo seja doce"...
beijos carinhos e sempre cheios de saudades...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Recapturando...


Na busca por mim, procurei-me em meio ao que costumava ouvir.

Incrível, mas vi que meu gosto musical não mudou nadinha. Elis Regina, Alanis, Beatles, Coldplay, Milton Nascimento, Djavan, Capital Inicial...retomei-os e de alguma forma me reencontrei... Porque eu ainda acredito nos homens, eu ainda sonho, eu ainda acho que tudo isso aqui que se chama vida vai ser lindo no final. Eu deveria já ter "endurecido" com o passar dos anos, mas meus sentimentos são ainda assim...tão maduros- imaturos...rs



E aí vai uma das musiquinhas que me faz sentir bem, por ouvir exatamente o que, de alguma forma, a minha "alma" busca dizer:


"That I would be good even if I did nothing
That I would be good even if I got the thumbs down
That I would be good if I got and stayed sick
That I would be good even if I gained ten pounds
That I would be fine even if I went bankrupt
That I would be good if I lost my hair and my youth
That I would be great if I was no longer queen
That I would be grand if I was not all knowing
That I would be loved even when I numb myself
That I would be good even when I am overwhelmed
That I would be loved even when I was fuming
That I would be good even if I was clinging
That I would be good even if I lost sanity
That I would be good whether with or without you"

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Devaneios

Bem que me avisaram que por três meses seria fácil ficar aqui! Tudo era novo, lindo e divertido. No entanto, já estou cá no meu quarto mês e algumas coisas começam a pesar!
Sim, claro que o curso pesa e muito (mas eu nunca achei que um doutoramento fosse fácil), mas o que pesa mesmo é a rotina.
Tudo bem...eu sei que em qualquer situação da nossa vida sempre vai haver rotina ( e eu até preciso dela), mas a rotina aqui tem me parecido vazia demais.
Viajar? Custa dinheiro..
Sair para beber? Acho que saí dessa fase...
Estudar? Eu não aguento estudar o tempo todo...
O ruim dessa sensação é que a gente acaba cobrando demais  das poucas pessoas que estão presentes aqui em nossa vida. A carência às vezes nos torna chatos..e aí é preciso parar e se afastar um pouquinho!
No começo, as escadas e ladeiras me cansavam...agora são outras coisas, bem menos visuais e físicas, que me cansam. Não, eu não fico triste por aqui, mas há dias em que o dia demora demais para passar...
Ando me encontrando comigo mesma...algumas vezes eu adoro o que encontro; outras eu custo admitir, mas é bom a gente ter esse tempo pra parar e se "auto-olhar".

Sem sentido tudo isso? Pra mim faz todo sentido do mundo...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Revisão

É incrível como às vezes perdemos a linha em tão pouco tempo. Levamos muito tempo para traçar objetivos e planos e em pouquíssimo tempo conseguimos desviar totalmente o caminho.

É claro que fazer planos nem sempre dá certo, mas viver sem objetivos concretos, promissores e realizáveis também não dá. Estou aqui (re) fazendo planos, (re)organizando meus dias, (re) avaliando meus valores, (re)lembrando quem eu sou. Momento de (re)visar tudo..de adotar postura de maior capacidade progressiva. Eu andava me esquecendo quem eu sou, mas uma foto e alguns minutos de saudade me fizeram lembrar de tudo novamente. E o melhor é que nisso lembrei que sou melhor do que o que tenho sido...e é tão bom poder parar, pensar e novamente fazer planos.